15 de janeiro de 2010

Estou de volta!!!!!

Depois de alguns poucos anos, resolvi voltar a escrever!
Tenho muito a falar.

11 de outubro de 2007

HOJE

Momentos de pura indecisão. Tenho vontade de fazer algo novo. Na verdade, um velho sonho que adiei por tempo indeterminado. Perdi as contas de quantas vezes já falei nele e dessa vez não me atenterei a essa questão. Quero simplesmente mudar. Ou melhor, é hora de mudar!
Não sei porque fui contra a decisão de outrem na escolha de mudar. Talvez porque quem deveria ter pensado nisso antes, deveria ter sido eu. Espaço, ações, meio...tudo isso hoje me encomoda. Só o meu coração se encontra acomodado aqui. E como está!
Já não aguento mais ver pessoas e indo e conseguindo, aqui ou lá. Não importa mais, já não faz diferença. Acho que é a minha vez de tentar. Excepcionalmente hoje, não tive medo. Todas as vezes que imaginei radicalizar de alguma forma a minha vida, foi para me penitenciar. Hoje não.
Nunca tive inveja de ninguém, hoje isso mudou. Quando digo hoje, é hoje mesmo, nesse dia em que escrevo pra ninguém. Hoje tive inveja de quem foi com a cara e a coragem tentar. Tive inveja de quem pintou o cabelo de vermelho só porque acordou e assim quis. Tive inveja de quem mesmo por um vacilo grande, teve coragem enfrentou o medo e assumiu suas responsabilidades e hoje está feliz. Confesso que julguei, será que foi inveja?
Sinto que preciso mudar, respirar novos ares...mas pra quê? Pra fugir.... Ser grande e me tornar forte fugindo? Não creio. Se eu pudesse....
Não sei o que faço....me coração está feliz, eu também! Amo como nunca amei na vida. Mas me falta algo. Queria arriscar mudar junto com ele, mas não podemos. Ainda. Espero? Mudar é custo. Quando se está mal, tem medo. Quando se está bem, depende a fonte da tua felicidade. Não me queixo. Já que tanto a quis, mas mesmo assim....preciso mudar.
Hoje eu precisava ouvir qualquer palavra, um "vem aqui".
Hoje eu não queria jantar e durmir.
Mas vou ter que adiar pra depois.

8 de agosto de 2007

MEU SILÊNCIO

Existem palavras que só podem ser ditas em silêncio por mais absurdo que que isso possa parecer.

Há certas situações em que nem toda a enciclopédia particular que se formamos ao longo de nossas vidas consegue nos ajudar a encontrar as palavras certas. Temos a sensação de que somos incapazes de dizermos o que queremos tanto expressar. É sufocante demais!

Se eu ainda tivesse quinze anos acharia que isso é apenas um efeito da conturbada situação de meus sentimentos e que por mais que a minha sensibilidade estivesse extremamente aguçada eu via as coisas como qualquer um.
Parece estranho, mas a cada dia percebo que as coisas não são tão complicadas assim. O único problema é que nos sentimos obrigados a descrevermos tudo que acontece, tudo que vemos e tudo que sentimos e isso acaba nos podando de realmente ver em volta com um olhar diferente.
Existem certas situações difíceis de agir. Queremos tanto correr, agredir com vontade, falar palavrão....mas aí no final....nada fazemos.
Há outras, muito mais prazerosas, mas não menos inquietantes, em que surge uma sensação de contentamento decorrente das coisas mais simples. Tão simples que não cremos que esse seja o real motivo. Aí novamente queremos berrar. Mas incrivelmente, continuamos calados.
Ainda não consigo expressar-me nessas situações, talvez se eu fosse um poeta.......
Entretanto, creio que adotei um meio bem clichê de percepção que tem realmente dado certo.Continuo calada. O silêncio tem sido meio maior companheiro. Ao invés de sair avisando a todos que a lua essa noite está linda, simplesmente páro e a contemplo. Muda. Mas vibrante.

31 de julho de 2007

OUTRAS TANTAS VEZES

É preciso ter coragem pra seguir em frente. Querer muito e não conseguir ir, é realmente um problema sério que tenho enfrentado. Mas na verdade eu não sei se é preciso ter mais força pra tentar denovo ou pra continuar vivendo com essa frustração.
Quantas vezes nós pensamos em desistir, deixar de lado o ideal e os sonhos. Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça. Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercado de pessoas. Quantas vezes falamos sem sermos notados. Quantas vezes lutamos por uma causa perdida...
Voltar pra casa com a sensação de derrota e com uma lágrima que teima em cair justamente na hora em que devemos ser forte e principalmente parecermos forte pra que não sintam pena. Pois na verdade essa é mais uma de tantas tentativas que recorremos pra nos convencermos de que estamos bem.
Ah, seu eu tivesse uma receita a passar...algo que pudesse, inclusive, acabar de vez até com esse sonho.
Mas enquanto isso eu peço força e luz a Deus. Não adianta mais provocar o combate, acho que estou na etapa de ter paciência, esperar que as minhas forças entrem novamente em choque com a realidade e então tentar mais uma vez. Enquanto isso eu oro e percebo que o nosso maior medo não é de nos sentirmos incapaz, mas é descobrir que somos mais poderosos que imaginamos. E Deus sabe de tudo isso, pois ele não nos impõe desafios que não conseguiremos concluir e o desejo de ser brilhante ultrapassa nossas barreiras "auto-impostas" e nos revigora pra fazer denovo.

20 de julho de 2007

CONFISSÃO

Definitivamente eu amo.
Amo a Deus porque ele me tem guardado e me abençoado com seu amor.
Amo a meus pais porque por mais que eu cresça é no seu colo que vou descansar e possivelmente chorar também.
Amo meus amigos porque sem eles a vida não seria tão colorida como é e não daria risos soltos, sozinha, ao lembrar das nossas peripécias juntos.
E amo ainda mais esse amor que sinto. Independentemente de sua recusa em ser príncipe.

Amor é estado de graça. É sentar-se e estar feliz.
É deitar à noite suspirando e acordar sorrindo simplesmente porque amo.
Poucas vezes na vida a gente sente que as coisas boas podem perdurar.
Aquela sensação de que marcaremos os anos com esse amor parece rejuvenecer esse sentimento e fortificá-lo cada dia mais. Amor que nasceu à pouco e que cela nossos corações a cada beijo trocado. E confesso que nem sei ao certo desde quando. Acordei e percebi que estava apaixonada.
Se existe algo a fazer que me aproxime mais...
Se existe algo que eternize essa cumplicidade...
Eu encontrarei, porque o Senhor tem me embebedado de amor e com o Seu amor.


11 de julho de 2007

Era uma vez uma amizade

Alguém já sentiu algo que surge sem explicação e te deixa o dia inteiro pensativo?Pois bem, isso acontece comigo com uma certa frequência, mas são coisas do tipo: o que fazer amanhã, qual será meu cronograma, quais as minhas prioridades do dia e blá, blá, blá....
Hoje em especial senti saudade. Saudade de um tempo em que eu tinha alguém pra conversar as maiores besteiras do mundo. E que por mais que ela fosse um tanto maluquinha, era a minha companheira de todas as horas.
E então me lembro que uma vez me disseram que quando a gente cresce as coisas mudam, não porque queremos, mas porque a vida assim quer. O tempo passa, e as coisas boas que ficaram na infância, por mais que tenham sido boas, ficam no passado e a gente não consegue tê-las de volta. Como pode?
Amizade como eu tive um dia, talvez não tenha nunca mais. Apesar dessa frase distoar do meu romantisco, e do meu idílio peculiar eu sei que as coisas se tornaram difíceis para nós. Antes bastava uma boneca ou então uma música nova na rádio pra gente se encontrar e passar a tarde toda fazendo traquinagem, conversando bobagens ou simplesmente fazendo nada.
Que vida é essa que me obrigou a distanciar-me assim de quem eu gostava tanto? Será que eu tenho culpa?
Chega uma hora em que as pequenas diferenças se tornam grotescas e acabam abrindo um abismo entre as pessoas e aí o isolamento passa a ser inevitável. Diferenças tornam a vida tão mais agradável que eu sinceramente não entendo porque escolhemos a distância. Deixamos o tempo passar e caminhamos só, pensando que vai ficar tudo bem. E fica, quando não, damos um jeito e seguimos em frente sem pensar muito.
Amar um amigo não é difícil, amigos nasceram pra serem amados, preservá-los é que é difícil. Minha amiga hoje está bem, talvez nem se lembre de mim, tenha uma outra grande amiga ou simplesmente não sente a mesma saudade. Não importa. Continuo amando e sei que realmente somos amigas, ao menos nas lembranças. Já faz 9 anos.
E disso tudo aprendi que por mais que fique quieto, o coração não iberna a vida toda e o meu acordou hoje. Já faz 9 anos.

20 de junho de 2007

Quando criança

Sabe aquele dia em que acordamos com medo de tudo?Medo porque está tudo bem e pode ser que daqui a algumas horas já não esteja mais. Medo de sentir-se feliz só porque lá fora tá um dia bonito de sol.
Descobri que quando éramos crianças parecíamos mais corajosos. Uso o plural porque constatei que isso não acontece somente comigo. Parece que sentimos que nada nos atinge, pelo menos fisicamente, e que é o mundo que espera que a gente cresça, enquanto passamos a tarde toda brincando de super-herói. Infelizmente as coisas mudam. E de tudo que eu perdi do tempo em que eu era criança, o que ainda me sobrou foram os sonhos. Das histórias de príncipes e princesas, da resposta para aquela repetitiva pergunta: "O que você vai ser quando crescer?" e dos meu romantismo bobo que me persegue sempre, eu nunca esqueci.
Se eu já fosse velha esse texto teria um cunho bastante saudosista, mas não, só o escrevo porque sinto que estou no auge de minha ternura. Não me preocupo mais tanto com meu passado, ele não me martiriza mais, me fortalece. Nesse momento, quando a gente ama da maneira mais intensa, o amor - por mais que seja o mais lindo que já senti - parece querer me conscientizar de sua potencial pouca duração e que nem sempre o meu príncipe vai querer ser o príncipe que eu desenhei quando era criança. É aí que experimentamos a necessidade invencível de perguntar: "Mas você me ama?Vai me amar pra sempre?". E então o coração se alegra ao ouvir um sim, ao sentir aquele abraço apertado que parece querer falar ao meu corpo o quanto o que sentes é verdade. Ah, são nessas horas que eu vejo o meu medo esvaindo e deixando aquela certeza que eu tinha de quando era criança. Vai ficar tudo sempre muito bem.